Ka x Onix x HB20
Ka x Onix x HB20
Fizemos um comparativo entre o Ka e seus concorrentes mais equipados. Veja!
Competidores:
Ford Ka: pode apagar da memória aquele Ka de 2 portas das gerações anteriores. Ele cresceu, está mais espaçoso e traz para a categoria um nível de sofisticação jamais imaginado até o momento.
Hyundai HB20: Foi pensado para uma nova geração de consumidores e uma tacada certeira da fabricante sul-coreana. Na opção topo de linha com seu 1.0 tricilíndrico, chega nas lojas por R$ 40.900.
Chevrolet Onix
Entre os compactos 1.0 mais modernos, ele é o melhor colocado no ranking de vendas. Possui duas versões com esse tipo de motor. A LT, mais cara, é tabelada em R$ 39.096.
Entre os compactos 1.0 mais modernos, ele é o melhor colocado no ranking de vendas. Possui duas versões com esse tipo de motor. A LT, mais cara, é tabelada em R$ 39.096.
A Ford sabe o produto que tem nas mãos, tanto que sua meta é ambiciosa: “queremos ser os líderes no segmento dos compactos 1.0”, enfatizou Oswaldo Ramos, gerente-geral de marketing da Ford, quando a nova geração do Ka foi revelada para a imprensa especializada. Pelas qualidades que ele demonstrou em nossa apresentação e no primeiro comparativo envolvendo Nissan March e VW up!, o hatch tem tudo para agradar quem o conhecê-lo nas concessionárias a partir de setembro.
Só que ao analisar as dimensões e a proposta do Ka, fica nítido (inclusive é no que a marca aposta) que ele chega para brigar mesmo é no patamar acima de March e up!. Tendo o Hyundai HB20 como uma de suas principais referências no desenvolvimento de seu projeto, o que é mais do que compreensível uma vez que o HB20 é um dos hatches compactos mais modernos do segmento e virou sucesso de público e crítica, decidimos ver se o aluno é capaz de superar o mestre.
No acumulado de janeiro a junho deste ano, a Hyundai colocou nas ruas 55.736 unidades do HB20, levando em conta as opções 1.0 e 1.6. Mas o Hyundai não é a única opção para quem quer um hatch da safra mais recente, que ofereça recursos de conectividade mais interessantes e acabamento um pouco melhor em relação aos modelos de entrada.
No acumulado de janeiro a junho deste ano, a Hyundai colocou nas ruas 55.736 unidades do HB20, levando em conta as opções 1.0 e 1.6. Mas o Hyundai não é a única opção para quem quer um hatch da safra mais recente, que ofereça recursos de conectividade mais interessantes e acabamento um pouco melhor em relação aos modelos de entrada.
O Chevrolet Onix foi muito bem aceito pelo mercado desde o lançamento, em outubro de 2012. Nos seis primeiros meses do ano ele foi a escolha de 67.028 consumidores somando as versões 1.0 e 1.4. Um número de respeito. É ao lado de Onix e HB20, portanto, que o Ka precisa mostrar o seu valor.
Como nesse primeiro momento a Ford optou por ceder apenas a versão topo de linha do Ka, a SEL, vamos considerar o mesmo para a dupla rival, no caso o Onix na configuração 1.0 LT e o HB20 1.0 Comfort Style. Antes vale um esclarecimento: como você já deve ter percebido nas imagens, o HB20 fotografado foi uma unidade da série especial comemorativa para a Copa. Com relação ao Comfort Style, ela acrescenta os bancos de couro, rodas de liga leve aro 15” com acabamento diamantado e a central multimídia BlueMediaTV com suporte para TV digital, apenas para citar os principais detalhes.
Começando pelo custo-benefício
Apresentações feitas, nada mais importante do que começarmos nossa análise pelo preço de cada um dos modelos envolvidos neste comparativo, um item fundamental e fator de decisão na hora da compra entre os carros dessa categoria.
Com o preço do Ka 1.0 SEL mantido de forma certeira abaixo de R$ 40.000, a Ford promete criar uma bela dor de cabeça para a concorrência. Você verá, em seguida, que o hatch oferece muito mais quando levamos em conta as versões topo de linha dos dois oponentes escolhidos para este comparativo. A iniciativa da Ford em trazer recursos como os controles de estabilidade e tração para o segmento – além de inaugurar por aqui o serviço de chamada de emergência – merece destaque pela ousadia.
Além disso, a central multimídia Sync pode não ostentar a desejada tela sensível ao toque no painel, como ocorre com o MyLink do Onix, mas ele não deixa de ser um sistema bem robusto. Ele permite controlar com precisão a execução de músicas do celular por comandos de voz, assim como efetuar e receber ligações, evitando que o motorista precise retirar as mãos do volante.
Quem não desgruda do celular vai gostar de saber que o Sync pode até mesmo ler mensagens de texto para você (desde que o celular ofereça suporte para o recurso), prevenindo o perigo que representa desviar a atenção do trânsito para manipular o telefone móvel.
Além de tudo o que foi citado, completam o bom pacote de itens de série do Ka a direção com assistência elétrica, ar-condicionado, travas e vidros com acionamento elétrico e as rodas de liga leve aro 15”. A crítica vai para a falta dos retrovisores elétricos, um item que não deveria faltar no modelo. Ao menos a Ford disponibiliza uma série de acessórios interessantes para o novo Ka, como o retrovisor interno com câmera de ré integrada e o revestimento interno de couro.
O oposto do Ka SEL 1.0 é o Onix LT 1.0, que deixa muito a desejar quando analisamos o seu preço e tudo o que ele oferece. Sem opcionais a versão chega às concessionárias por R$ 39.096, preço que sobe para R$ 40.496 se você fizer questão do MyLink. O grande problema do Onix é que, em relação a HB20 e Ka, ele custa praticamente o mesmo e fica devendo rodas de liga leve e até mesmo um simples computador de bordo.
Vale citar também que o MyLink não executa muitas das funções presentes no Sync. Para você ativar o navegador na central multimídia do Chevrolet, por exemplo, é necessário comprar um aplicativo compatível com o já instalado no MyLink. Além disso, o Onix não conta com os comandos de áudio e telefone no volante, item oferecido tanto no Ka como no HB20.
O Hyundai é um meio-termo entre Ka e Onix. A versão Comfort Style tem preço similar ao dos rivais e conta com rodas de liga leve (aro 14”, menores que as do Ka) e computador de bordo. Não tem central multimídia (apesar de que é bem provável que a Hyundai passe a oferecer a BlueMedia TV presente na Edição Copa do Mundo), mas seu rádio conta com MP3 player e Bluetooth de série. Apesar de distante do Ka, é um conjunto mais interessante que o do Onix.
Ka e HB20 se aproximam quando o assunto é acabamento interno. Os materias utilizados na cabine foram bem escolhidos, afastando qualquer sensação de simplicidade que poderia se esperar em um compacto 1.0. E quem estiver a bordo do Ford não vai ter muito do que reclamar para se instalar com conforto na cabine: são 21 compartimentos ao todo, entre porta-copos, porta-garrafas, bandeja para celular, dentre outros. Os bancos dianteiros do Ka também merecem elogios pelo bom apoio que oferecem.
O interior do Onix está longe de ser ruim, porém alguns detalhes lhe tiram pontos em sensação de qualidade. Quando você vai fechar alguma das portas dianteiras, por exemplo, a falta de uma manta de isolamento acústico na parte interna da peça deixa escapar um ruído nada agradável. Em uma briga tão acirrada como a protagonizada por esses três modelos, algo assim não deve ocorrer.
Em espaço interno os três modelos se equivalem, com uma leve vantagem para Onix e Ka. Como você pode conferir em nosso quadro de medições, a área livre para os joelhos dos ocupantes do banco traseiro é ótima no Ka, sendo que o comprimento do assento poderia ser um pouco maior. O habitáculo do Chevrolet também oferece uma boa sensação de amplitude e acomoda com conforto 4 adultos. Já o HB20 só fica devendo onde o Ka mais se destaca: mais espaço para as pernas dos passageiros no banco traseiro. Ao menos o Hyundai rebate com o maior porta-malas (confira as fichas técnicas).
Sensações ao volante
É impressionante constatar ao volante de HB20, Onix e Ka como os motores 1.0 evoluíram ao longo dos anos. Se levarmos em conta os 50 cv de um Chevrolet Corsa Wind de 20 anos atrás é admirável analisar a ficha técnica do novo Ka. Com 3 cilindros e comando de válvulas variável tanto para admissão como para escapamento, ele entrega bons 85 cv e 10,7 kgfm de torque. É, com folga, o 1.0 mais eficiente de nosso mercado.
Graças a ele o Ka foi o mais rápido em nossos testes de desempenho e ainda se destaca pelo baixo consumo. Também tricilíndrico — solução que se tornará cada vez mais comum em motores de baixa cilindrada daqui para a frente — o HB20 oferece fôlego bem parecido com o rival da Ford. Além disso, ele mostrou-se tão econômico quanto o Ka utilizando etanol e deixou transparecer um nível de vibração menor que o do concorrente em diferentes faixas de rotação.
O único a adotar a tradicional configuração 4 cilindros, o 1.0 do Onix conta com os mesmos 80 cv do HB20, porém fica devendo no torque máximo: 9,8 kgfm contra 10,2 do Hyundai. O Chevrolet também foi o mais afeito a visitar postos de combustível ao apresentar a pior média PECO.
Único do trio a adotar assistência elétrica para a direção, o Ka prima pelas respostas bem acertadas do conjunto. Sua suspensão também está bem calibrada para nosso piso e ele se destaca pelo comportamento dinâmico bem acertado e equilibrado, similar ao do Hyundai.
Para o HB20 só falta retrabalhar a suspensão traseira. A sensação é que ela precisa de mais curso, situação que se agrava com o carro carregado. Já o Onix compartilha os bons atributos dinâmicos com HB20 e Ka. A rolagem de sua carroceria em curvas, entretanto, poderia ser mais controlada.
Com tudo colocado na balança é fácil verificar como o Ka sobressai frente a Onix e HB20. A equipe da Ford foi muito competente em analisar os rivais e criar um veículo que, além de oferecer mais conteúdo, consegue reunir o que cada concorrente tem de melhor. Ao oferecer equipamentos de segurança raramente encontrados em muitos carros de segmentos superiores, desempenho e espaço interno condizente com sua categoria e acabamento bem cuidado, o Ka supera seus concorrentes com uma facilidade tão grande que desperta o alerta na concorrência: é preciso fazer algo para não dar espaço ao Ford, a nova referência entre os compactos 1.0.
Conclusão
Análise técnica:
1) Ford Ka SEL 1.0: 179 pontos
Ele é o produto mais recente a estrear no segmento e entrega o que se espera de um carro nessa condição: mescla os pontos fortes de seus rivais e ainda oferece algo a mais que o destaque. Só que nesse “algo a mais” a Ford se superou. Quando ninguém esperava que alguma marca tomasse a iniciativa nesse segmento, a Ford trouxe para ele recursos importantíssimos, como os controles de estabilidade e tração de série na versão topo de linha do novo Ka. Como era de se esperar, a iniciativa rendeu pontos importantes para o compacto na avaliação de segurança ativa. Mas não é só por isso que o Ka consegue abrir quase 20 pontos de vantagem sobre o terceiro colocado. Ele também oferece o motor mais avançado, o melhor desempenho e ainda consome pouco combustível. Ele também foi melhor que HB20 e Onix no que diz respeito ao nível de ruído, e seus números de frenagem foram excelentes, com destaque para o fading de apenas 1,2 m. O sistema de freios bem modulado e as respostas precisas da direção também agradam. Por fim, o bom acabamento interno, com o uso de materiais que conferem bom aspecto visual, fecha com chave de ouro a vitória do novo Ka.
2) Hyundai HB20 1.0: 167 pontos
Quem analisa o Ka percebe como foi nítida a influência do HB20 em seu projeto, algo que nem a própria Ford esconde. Criado para, no mínimo, entregar o mesmo que o Hyundai em termos mecânicos/técnicos, não é de se estranhar que o Ka fique na frente dele neste comparativo. Mesmo assim, o HB20 é um carro de muitas qualidades. Seu motor, ao lado do 1.0 presente no Ka, é um dos mais modernos nessa faixa de cilindrada. Além disso, o HB20 é o que oferece o porta-malas de maior capacidade entre os hatches compactos. Só que, em termos de equipamentos, está muito longe do Ford.
3) Chevrolet Onix 1.0 LT: 160,5 pontos
Não só por oferecer menos equipamentos, o Onix pegou o terceiro lugar porque ficou devendo em vários atributos técnicos. Ele não acompanhou Ka e HB20 em desempenho, suas frenagens também foram piores que as dos rivais e ele foi o mais ruidoso. Falta ao Onix mais esmero com o acabamento, algo que não sentimos a bordo dos dois concorrentes. Dentre os pontos positivos do Onix, ele merece destaque pelo bom aproveitamento da cabine, que entrega bom espaço para os passageiros. Além disso, seu motor 4 cilindros está livre das leves vibrações dos tricilíndricos de Ka e HB20.
Análise de mercado
1) Ford Ka 1.0 SEL: 44,5 pontos
Ao oferecer um pacote de itens de série invejável – e com a grande vantagem de custar até menos que seus rivais – o novo Ka em sua versão SEL é um carro muito competitivo. Outro ponto importante é que a garantia para o modelo agora passa a ser de três anos, deixando-o em sintonia com a concorrência. Como ele só começará a ser vendido em setembro, não conseguimos apurar nossa cesta de peças. O custo de tabela das revisões também não foi divulgado, mas a Ford promete um pós-venda competitivo para o modelo, algo relevante no segmento. Nesse primeiro contato só não nos agradou o preço do seguro cotado de forma independente pela CARRO. Tanto o do Ka como o do HB20 ficaram bem mais caros que o do Onix. De qualquer maneira, é bom citar que a Ford fechou parceria com uma empresa do setor e oferecerá seguro total no valor de R$ 1.595 sem análise de perfil para os interessados. Pelo menos em termos de custo-benefício, o Ka tem tudo para revolucionar muita coisa no mercado.
2) Hyundai HB20 1.0: 43 pontos
O HB20 só não foi o melhor em nossa análise de mercado porque ficou muito difícil bater o Ka SEL em custo-benefício. Contudo, como você pode notar na tabela de preços e custos, ele é um carro que
não lhe dará dor de cabeça depois da compra. Além de oferecer um prazo bem maior de garantia, ele apresentou cesta de peças mais barata que a do Onix, além de um gasto com as inspeções periódicas bem menor em comparação com o adotado pela rede Chevrolet. O detalhe que atrapalhou o desempenho do Hyundai foi o preço relativamente alto do seu seguro.
não lhe dará dor de cabeça depois da compra. Além de oferecer um prazo bem maior de garantia, ele apresentou cesta de peças mais barata que a do Onix, além de um gasto com as inspeções periódicas bem menor em comparação com o adotado pela rede Chevrolet. O detalhe que atrapalhou o desempenho do Hyundai foi o preço relativamente alto do seu seguro.
3) Chevrolet Onix 1.0 LT: 39,5 pontos
O que custa alguns pontos para o Onix na análise de mercado é o seu custo-benefício. Ele não é tão equipado como HB20 e Ka e tem praticamente o mesmo preço. O Onix 1.0 LT deve as rodas de liga leve e o computador de bordo de série, isso sem levar em conta que a central multimídia MyLink é opcional e custa R$ 1.400. Quando o Ka estrear, a Chevrolet precisará rever com urgência sua política de preços, uma vez que o cenário ficará bem desfavorável para o Onix. Apesar da desvalorização não tão elevada, o preço das revisões até 30.000 km mostrou-se muito alto para a categoria.
Veredicto: Como você já conferiu no comparativo anterior e na conclusão do Márcio Murta, o novo Ka só não conquistou de vez a nossa redação por algumas falhas pontuais de acabamento, dentre elas a dificuldade para fechar as portas e a tampa do porta-malas. A Ford, por sua vez, destacou que a unidade cedida para nossa avaliação ainda era uma unidade pré-série, por isso vamos acompanhar se esses problemas permanecerão quando o carro for oficialmente lançado em setembro. De qualquer maneira, pelos equipamentos que traz, o bom espaço interno e o motor moderno e eficiente motor, ele é, sem dúvida nenhuma, a opção mais completa entre os hatches compactos 1.0. O HB20, por sua vez, se entregasse o mesmo nível de tecnologia embarcada que o Ka deixaria a disputa mais acirrada. Por fim, o Onix fica em terceiro lugar por contar com um custo-benefício pouco favorável quando comparado com a dupla rival e não surpreender em termos técnicos.
Outras opiniões
Por Mário Sérgio Venditti I Diretor de redação
Gostei muito do Ford Ka 2015. O que mais chama a atenção é o espaço interno, generoso em se tratando de um compacto. Bem que os rivais poderiam repetir esse bom exemplo. O design, que segue a nova identidade da Ford, caiu bem no modelo, deixando-o muito mais moderno.
Gostei muito do Ford Ka 2015. O que mais chama a atenção é o espaço interno, generoso em se tratando de um compacto. Bem que os rivais poderiam repetir esse bom exemplo. O design, que segue a nova identidade da Ford, caiu bem no modelo, deixando-o muito mais moderno.
Por Hector Vieira I Repórter
É uma pena para o Ka apresentar tantas falhas no acabamento, como rebarbas, fios visíveis e peças mal encaixadas. Mesmo assim, é inegável que seu desempenho acima da média, excelente ergonomia para dirigir e tecnologia sob o capô estabelecem um novo patamar para a categoria.
É uma pena para o Ka apresentar tantas falhas no acabamento, como rebarbas, fios visíveis e peças mal encaixadas. Mesmo assim, é inegável que seu desempenho acima da média, excelente ergonomia para dirigir e tecnologia sob o capô estabelecem um novo patamar para a categoria.
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